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Câmara de Goianésia aprova projeto que altera gratificação de produtividade dos fiscais municipais

Câmara de Goianésia aprova projeto que altera gratificação de produtividade dos fiscais municipais

Na sessão ordinária desta terça-feira, 23, a Câmara Municipal de Goianésia aprovou, por 10 votos a 2, o projeto de lei enviado pelo prefeito Renato de Castro que altera as regras de pagamento da gratificação de produtividade dos fiscais municipais. Pela nova redação, o benefício não será mais contabilizado durante o período de férias, como vinha ocorrendo.

A medida gerou debate entre vereadores, sindicato e servidores.

Sindicato critica retirada de benefício

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Goianésia (SEPUMGO), Marília Rodrigues, lamentou a aprovação e afirmou que a decisão representa perda de direitos:

“Essa lei está tirando o direito dos fiscais, mas já tem parecer que pode atingir outros servidores, como garis e trabalhadores da infraestrutura. O sindicato já entrou com mandado de segurança e liminar de emergência, mas no mês passado vários servidores tiveram cortes. É triste ver um Legislativo que não representa o servidor.”

Divergências no plenário

O vereador Arisvaldo Gomes (PL) defendeu o projeto, argumentando que a questão era de legalidade:

“O que estava sendo discutido era se é legal receber produtividade em período de licença-prêmio ou férias. Eu sempre disse que os fiscais precisam buscar readequação no salário-base, que traz benefícios maiores e vai para a aposentadoria. A produtividade deve ser paga quando há produção, não por média.”

Já o vereador Múcio Santana (PSB) votou contra e classificou a mudança como inconstitucional:

“A Constituição, no artigo 37, veda a redução de salário. Se o servidor recebia há anos, estava incorporado. Agora, vai tirar férias e receber apenas o salário seco, sem média de produtividade. Isso desestimula até o uso de férias e licença-prêmio. Hoje foram 40 fiscais, amanhã pode ser outras categorias.”

Por sua vez, o vereador Emerson Autovip (PL) reforçou o argumento de justiça:

“Um fiscal chega a ganhar R$ 19 mil. É justo o gari, o professor, que trabalham pesado, não receber produtividade nas férias e o fiscal sim? Não estamos cortando direito, estamos corrigindo uma distorção. Produtividade é para quem produz.”

O que muda com a aprovação

Com a aprovação, o pagamento de gratificação de produtividade não será contabilizado em férias. Entretanto, uma emenda aditiva incluiu exceções para garantir a manutenção do benefício nos casos de licença médica, licença maternidade, acidentes em serviço, casamento e luto.





Fonte: Portal Meganésia

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